21 de novembro de 2023
Oi pessoal, tudo bem? Hoje eu vou falar para vocês sobre como é feita hoje em dia cirurgia de amígdala e de adenóide. Então, na grande maioria das vezes esse tipo de cirurgia é realizado em crianças, né? E sabidamente isso gera uma certa angústia por parte dos pais, preocupação, uma situação normal de apreensão quando você vê seu filho necessitando de um de um procedimento cirúrgico.
O que eu quero colocar para vocês é que é um procedimento que é um procedimento bastante seguro, tá? Para vocês terem uma ideia, é a primeira cirurgia que o otorrinolaringologista aprende a fazer quando ele entra na residência médica. Recém egresso do curso de graduação em Medicina, ainda muito cru até então. É uma cirurgia cujo grau de complexidade dentro da otorrinolaringologia é uma das cirurgias que tem menor grau de complexidade. Então, uma das cirurgias mais simples.
É lógico que nos cercamos de todos os cuidados possíveis e imagináveis. Existe um grande nível de responsabilidade por nossa parte para realizar esse tipo de procedimento. Mas a ideia é tranquilizar os familiares, os pais, especialmente com relação ao procedimento, que é um procedimento seguro e relativamente simples. Hoje em dia, na grande maioria das vezes, os hospitais, eles têm uma forma de conduzir de forma mais humanizada a realização da anestesia e do procedimento em si.
Então estou falando isso principalmente com relação aos hospitais particulares. Então a criança, ela adentra o centro cirúrgico em companhia de um responsável, seja o pai, a mãe… até que seja feita a indução do procedimento anestésico. Feita essa indução do procedimento anestésico, geralmente com anestésico inalatório, principalmente em crianças menorzinhas, aquelas crianças maiores e que permitam essa indução pode ser feita pela veia também. E uma vez a criança já induzida, a anestesia, já é sonolenta, aí o responsável sai do centro cirúrgico, aguarda, seja numa sala de espera ou seja no quarto, dentro do hospital.
É realizado o procedimento, é um procedimento, estou falando de cirurgia de amídala e adenoide, que é feito todo por dentro da boca. Existem diferentes técnicas hoje em dia. Eu particularmente gosto muito de uma técnica que é feita para remoção da adenoide sob vídeo endoscopia. Então, com o uso de um de uma fibra ótica rígida que é angulada para que eu possa enxergar a região onde fica a adenóide e com o uso de um equipamento. No meu caso, eu gosto de usar bastante um equipamento chamado microdebridador, que ao mesmo tempo ele come a adenoide e aspira removendo todo o tecido hipertrófico e doente. Depois da remoção completa da adenoide, é feita uma cauterização com um equipamento especial para isso também, que é um aspirador cautério para deixar aquela região seca, sem sangramento e sem risco de hemorragia no pós operatório.
Feito isso, é realizada a remoção das amígdalas. Existem também diferentes formas para fazer na qual ou a gente descola a amígdala do que a gente chama de loja amigdaliana, que é onde ela fica inserida. Depois disso, é feito uma hemostasia, que é uma pressão feita com uma gaze molhada sobre os vasos sanguíneos para estancar sangramento. A gente espera alguns minutos para ver se isso, por si só já controla o sangramento. Se mantém algum tipo de sangramento pode ser feita tanto uma cauterização com uma pinça delicada ou sutura com um fio absorvível que depois de um certo tempo ele cai sozinho e sem a necessidade de uma remoção posterior. Existem outras técnicas também. Existe uma técnica com radiofrequência que ela vai dissecando a amígdala e controlando o sangramento intra operatório. Tem seus benefícios, tem seus malefícios. Aí vai muito do gosto, da preferência do cirurgião.
Lógico que a gente sempre leva em consideração o que diz a literatura médica sobre a melhor forma de conduzir. Terminado o procedimento, que leva geralmente menos de 1h, o paciente vai, falando da criança, para a recuperação anestésica e para lá já vai um dos responsáveis também para quando a criança despertar para valer da anestesia, ela esteja já na companhia de um dos responsáveis, do pai, da mãe, de quem quer que seja.
Isso torna o procedimento mais humanizado e sem que se instale na criança algum trauma de separação, de de desprendimento ali da companhia do responsável. Ok, então essa era a dica do dia falando sobre como que é realizada a cirurgia, que eu sei que é algo que que sempre gera uma certa angústia e apreensão. Aí nos nossos pais especialmente.
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