Vamos falar sobre Sinusite

Oi pessoal, tudo bem? Hoje eu vim aqui falar com vocês sobre sinusite, que é uma doença muito prevalente no consultório do otorrinolaringologista, o termo mais usado, na verdade o termo mais correto para se referir à sinusite, é Rinossinusite, afinal, se trata de um quadro inflamatório que acomete tanto as cavidades nasais quanto as cavidades para nasais, também conhecidas como seios da face.

A gente tem quatro grupos de seios da face, os seios frontais, os seios etmoidais, que eles ficam entre os olhos e o nariz. Os seios maxilares que ficam na região da face e os seios esfenoidais que eles ficam mais no meio da cabeça. E essas estruturas elas são cavidades que são comunicadas com as fossas nasais, com as cavidades nasais. O paciente que tem sinusite ou rinossinusite, normalmente ele apresenta o seguinte quadro clínico, Obstrução Nasal, o que a gente chama de Rinorreia.
Então, no momento da produção de muco de catarro, que se exterioriza tanto pelas próprias fossas nasais, pelas narinas, quanto escorre pra trás em direção à garganta, podendo dar aquela sensação de catarro descendo para a boca, o que a gente chama de Rinorreia posterior, o gotejamento pós nasal. Além da cefaléia, que também é outra queixa bastante prevalente. Tosse, essa tosse normalmente num primeiro momento seca, passando a produtiva. Uma mudança na capacidade de sentir o cheiro, então existe uma piora no olfato, podendo dar mau hálito, um cheiro ruim no nariz. Esse é o quadro clínico clássico. Então, cefaleia, obstrução nasal, aumento da produção de muco, tosse.

E é um quadro clínico que geralmente ele obedece à seguinte cronologia, o paciente começa com um quadro de resfriado ou gripe, nariz entupido, um pouquinho de coriza, espirros, pode ter ou não febre, tosse ou tem uma crise. Um quadro agudo de rinite alérgica com o nariz entupido também, coceira, espirros, coriza, tal. Quando esse quadro ele persiste, então, depois de uma semana de evolução, ele, digamos, piora, o nariz fica mais congesto, a secreção se torna mais espessa, amarela esverdiada, a tosse intensifica e existe uma pressão na face, dor de cabeça. Ou se ele se estende por mais do que dez dias, faz a gente desconfiar que o paciente que tinha até então um quadro infeccioso viral agudo, seja um resfriado, uma gripe ou uma crise alérgica, ele tem evoluído para uma infecção secundária por bactéria que tenha comprometido não só as cavidades nasais, mas também as cavidades paranasais dos seios da face e, consequentemente, aquele quadro ele tem evoluído e se transformado numa rinossinusite aguda.

Essa distinção, essa percepção, esse diagnóstico, é importante que seja feito por um médico, especialmente um otorrinolaringologista, que é o especialista na área, para que se possa estabelecer a melhor estratégia em termos de tratamento e o tratamento seja conduzido. Existe também a rinossinusite crônica, na qual o paciente fica quase que continuamente com os sintomas de nariz entupido, de aumento da secreção de muco, podendo ter dor de cabeça. E aí, via de regra, existe alguma interferência, seja anatômica, por exemplo, em quem tem desvio de septo ou tem alguma alteração visível nas cavidades nasais, como presença de pólipos, por exemplo, ou uma mucosa doente e reativa que faça com que ele fique com essas estruturas continuamente inflamadas, e por vezes acaba sendo necessário inclusive, a realização de procedimentos cirúrgicos para alívio dos sintomas e para controle do quadro.

Então, é importante que, diante desse tipo de quadro clínico, com esse tipo de sintomas, que o otorrinolaringologista seja procurado para que a melhor estratégia em termos de tratamento seja oferecida e realizada, para que haja um alívio dos sintomas e uma melhora na qualidade de vida.